Saúde do Estado alerta para doenças em casos de enchentes e inundações causadas pelas chuvas

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta a população para o risco de doenças nas inundações e enchentes, que ocorrem nesse período de chuvas continuadas, e que podem causar danos à saúde dos moradores. No caso das enchentes elas aumentam os riscos de contaminação podendo comprometer o abastecimento de água potável e de alimentos, além de provocar doenças.

O coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, Oberdan Ferreira Coutinho Lira, explicou que na época das chuvas as enchentes e inundações podem causar situações em que águas contaminadas por esgoto, lixo, substâncias químicas e dejetos de animais transmitam doenças como leptospirose, febre tifóide, doenças diarréicas, hepatites, tétano e cólera, dentre outras. É por esta razão que medidas corretivas devem ser tomadas pela população confrontadas por essas catástrofes naturais.

MEDIDAS CORRETIVAS - Dentre essas medidas corretivas o Coordenador da SES recomendou que homens e mulheres não fiquem muito tempo em contato com águas de enchentes da chuva. Especialmente as crianças não devem brincar na lama ou nas águas de chuva. Se possível aqueles que precisam manter um contato com as águas de enchentes devem proteger mãos e pés com botas e luvas apropriadas. Se não tiverem calçados apropriados podem amarrar sacos plásticos nas mãos e nos pés, como forma de proteção.

Os moradores que forem atingidos por enchentes e inundações devem dedicar especial cuidado à proteção dos alimentos, recomendou Oberdan Lira. As águas da enchente, e a lama resultante, não devem ter qualquer contato com os alimentos que devem ser mantidos, também, longe do alcance de roedores, insetos e outros animais. Ao manipular os alimentos as mãos devem sempre ser lavadas com água e sabão.

Caso as águas de inundação tenham contaminado os depósitos de água potável ou caixas dágua, elas devem ser limpas e desinfetadas da seguinte maneira: retirar toda água da caixa dágua. Em seguida fazer limpeza das paredes e do fundo utilizando pás, baldes, vassouras, rodos e panos que tenham sido separados para ser usados somente para esse fim.

A seguir diluir um litro de água sanitária (ou hipoclorito de sódio a 2,5%) para cada mil litros de água. Se a caixa tiver capacidade para 500 litros a proporção será de meio litro de água sanitária, se guardar 250 litros, a proporção a ser diluída será de 1/3 de litro de água sanitária, ou 125 mililitros do desinfetante. Encher a caixa dágua com essa solução.

Aguardar 30 minutos e abrir as torneiras, esvaziando a caixa que, então, estará completamente desinfetada. Ou, se preferir, aguardar 1h30 minutos e utilizar a água normalmente.

MEDIDAS PREVENTIVAS - Algumas das medidas mencionadas por Oberdan Lira são preventivas e devem se transformar em hábitos de vida, principalmente no caso dos moradores que moram em áreas de risco onde as águas das chuvas, rotineiramente, provocam enchentes e inundações.

Nessas situações, segundo o Coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, é importante que o lixo seja sempre armazenado em lixeiras que fiquem ao alcance da coleta pública e que o lixo varrido das calçadas não seja jogado nas ruas ou em bueiros (bocas-de-lobo) porque essa prática provoca mau cheiro e entupimento.

Também não se deve acumular lixo em terrenos baldios e encostas, pois esse material atrai insetos e outros animais, como ratos, que são transmissores de doenças ou podem atacar os humanos, como as cobras, as aranhas e os escorpiões.

QUANDO PROCURAR MÉDICOS - Oberdan Lira lembrou que qualquer pessoa que tenha entrado em contato com águas e lama de enchentes e que sinta dor de cabeça, febre, mal estar, náuseas, diarréias ou manchas na pelé deve procurar imediatamente a Unidade de Saúde mais próxima, mencionando que reside em área de inundação. O mesmo procedimento deve ser tomado caso a pessoa tenha sido picada ou mordida por um animal peçonhento.